A minha experiência com os C.O.N.A.

Venho-vos contar a minha experiência do contacto com esse grande suco da sociedade dos dias de hoje: os C.O.N.A.
Posso dizer simplesmente isto: mudou a minha vida. Ou posso também dizer mais, e é o que vou fazer (se não este texto ficava uma merda). Eu conheci este magnífico grupo no 2º festival do ensino secundário e de uma forma muito peculiar. Uma verdadeira coincidência cósmica. Eu e o meu grupo, pusemos as nossas tendas mesmo ao lado do hotel deles (tenda tipo parque de campismo 5m x 4m, praí), e qual não foi o nosso espanto, quanto nos irrompe pela nossa tenda um ser humano de estatura média, cabelo à galo (o que demonstra claramente um amor imenso pela natureza e todas as suas vertentes, como a sua protecção) e diz: Olá! Chamo-me Jaime. Ora, aqui foi o momento de viragem da minha maneira de pensar, e talvez da do meu grupo também. Aqui percebemos que não estávamos sozinhos no mundo, percebemos que havia mais vida inteligente no mundo, mesmo num acampamento.
Este contacto levou-nos depois a conhecer mais vida inteligente e bêbeda, o resto dos C.O.N.A., e aí, foi o êxtase. Perceber que, além de não estarmos sozinhos no mundo, os outros seres formavam também as suas próprias comunidades, com os seus próprios ideais, com as suas próprias crenças, e tudo o que advém de uma bem estruturada comunidade.
O que também muito me fez pensar foi a forma como tudo o que é dito pelos C.O.N.A. vai de encontro com a sua máxima, e passo a citar: “Não deixes de ser aquilo que és”. Tomemos como exemplo a frase de apresentação dita pelo João: Olá! Chamo-me Jaime. Para alguns isto pode parecer confuso e esses devem estar a perguntar: Mas se ele se chama João e se se apresenta como Jaime, não está a ser aquilo que é, ou estou errado (caralho)? [caso não uses o termo caralho no teu vocabulário passa à frente]. À primeira vista pode parecer isso, mas não é. A máxima continua a ser seguida. Pois o João na sua essência é um rapaz de muitas caras e muito brincalhão (disse-me a tia dele) logo está a usar outra das suas personalidades mantendo-se fiel à máxima do grupo.Foi isto que os C.O.N.A. mudaram em mim: A minha maneira de olhar para o mundo como um bicho de sete cabeças, e a minha maneira de olhar para uma garrafa de Golden Strike como uma inimiga.

By:Diogo Picão